O Muro

o fim da civilidade

Localização

Solar do Barão - Curitiba -Brasil

Área

1,00 m²

CONCEITO

“O muro” enquanto projeto de criação coletiva tem como eixo da produção os temas Arte, afeto e violência exemplificado através de um projeto que é a ação de construção de um muro enquanto intervenção “site specific” realizada no pátio do Museu Solar do Barão, localizado em Curitiba-PR.

“O muro” revela além de sua forma arquitetônica não linear, sons executados por pequenos amplificadores instalados sobre os espaços vazios dessa construção. Tal elemento enquanto forma não finalizada, deixa exposta o material de que é feita, ou seja, se apresenta sem camadas externas de acabamento, deslocando seu sentido utilitário e cotidiano, se constitui enquanto forma aberta nesse espaço do entre.

Dessa maneira, o objeto artístico como uma forma arquitetônica provisória, enviesada e disruptiva, cujos espaços vazios revelam as vozes de diferentes imigrantes moradores da cidade.

Ainda, proposta elaborada pelo grupo é de alterar o ambiente do museu com as ações de um profissional que irá construir um muro, trazendo com isso elementos e ações que são estranhos ao fluxo cotidiano dos espaços culturais.

O objeto representa a cidade compartimentada, fechada, privada que cresce cada vez mais privatizando e segmentando espaços. Fato especialmente grave representando um atentado contra a vida pública e comum. Ferem a igualdade de direito ao urbano. Vazios no Muro não possuem caráter estético e sim função explicita de criticar a atual sociedade do controle, do acesso restrito e fantasiado de livre. Um mundo em pedaços na qual a civilidade não possui nem mais espaço físico para atuar. Ao segmentar a cidade em espaços puramente privados, criamos grupos concorrentes e aos que estão fora dos muros criasse uma exclusão social claramente presente, e o resultado acaba sendo o conflito representado em violência, roubo, insegurança, ou seja, é o fim da civilidade.